sábado, 21 de julho de 2012

Uma das razões pelas quais decidi permanecer como batista é por conhecer nossa história. Ela me encanta. Não nascemos de um racha por dinheiro nem de briga por poder. Surgimos ao redor de princípios e os mais elevados: a suficiência das Escrituras, a liberdade religiosa, o batismo de pessoas convertidas a Cristo, ênfase na regeneração, autonomia das igrejas, batismo e ceia como ordenanças e não como sacramentos. Somos os paladinos na luta pela liberdade religiosa. Temos uma história como poucos grupos a têm. Ela deveria ser mais estudada e bem conhecida em nossas igrejas e bem sabida por todos os pastores batistas. Grande parte disso se deve ao fato de que os batistas não têm um fundador, um homem em especial que descobriu uma doutrina, como a alegada visão de Hellen White de ter visto as tábuas da Lei no céu, com o mandamento de guardar o sábado envolto em luz. Nem como Hagin que recebeu uma visitação especial de Jesus e este lhe ter dito que alguém se opusesse a ele seria aniquilado. Nascemos ao redor de princípios que vários cristãos, em vários lugares, em estudo criterioso das Escrituras, viram que a Reforma não assimilara, e que ela necessitava ser completada. Agruparam-se homens e mulheres em busca do certo, e não do conveniente e do mais vantajoso. Thomas Helwys, John Smyth e aqueles trinta e oito que com eles fundaram uma igreja batista na Holanda, em 1609, estavam direcionados por princípios teológicos, e não por briga por dinheiro ou espaço político. Não tinham uma revelação especial, mas se prendiam à velha revelação, a das Escrituras. Queriam cumpri-la. Thomas Helwys fundou a primeira igreja batista na Inglaterra, em Spitafields, em 1612. Ele redigiu o primeiro documento pedindo liberdade religiosa, e tentou entregá-lo ao rei Tiago I. Quando foi encarcerado, provavelmente em 1614, a liderança da igreja foi transferida para John Murton, que seguiu na mesma linha de pedir liberdade religiosa [1]. Os batistas sempre defenderam o direito de a pessoa escolher a fé que deseja, e até mesmo não ter fé alguma.

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