domingo, 9 de junho de 2013

Há momentos que é impossível não permitir que a ira nos alcance. Não há como controlá-la. A ira integra o sentimento de revolta ante as injustiças da vida. Revela a nossa incapacidade em oferecer soluções às ações injustas que nos atingem. Não é pecado senti-la. Tampouco expressá-la com racionalidade. Eis a razão da orientação bíblica: “Irai-vos, e não pequeis, não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef. 4.26). Difícil a prática. Sentir- -se irado é fácil... Controlá-la só os grandes obtém esse laurel.“Que Estado é esse que tem que pagar fundações próprias, criadas para elaborar tais programas, já que é dever realizar tal trabalho, Poucos países são mais injustos que o Brasil; A morosidade do Judiciário faz do mesmo o “paraíso da corrupção”. Uma ação judicial leva vinte anos para ser concluída, as pessoas nunca são punidas. É realidade que todos conhecemos. Triste realidade que leva o individuo a descrer das instituições que deveriam zelar pelo bem estar social.  os grandes casos de corrupção foram descobertos ‘por acidente’ já que o controle do Estado é zero. O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada! É desolador. É o que vemos na prática, a polícia prende o traficante com cinco pedras de craque e o deixa apodrecer nos presídios imundos. Mas, o grande traficante jamais é levado ao tribunal. Se o povo soubesse um décimo do que acontece, faltaria guilhotina para a Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro”.
  Culpa do próprio povo que coopera e responde por aqueles que são eleitos. Nenhum dirigente político que chegou ao poder, o fez sem o voto popular. É o povo quem escolhe sua liderança. Claro que a guilhotina da Bastilha jamais seria o instrumento moralizador dos descalabros humanos. A violência não gera povo justo e governantes honestos. Tampouco a educação, em- bora válida, produz cidadãos honestos, civilizados, como apregoam alguns. O mal que nos assola só será erradicado com a transformação do indivíduo. A mudança de caráter não se faz via leis, educação e ou bem estar social. Caso isso fosse verdade os que legislam não seriam desonestos. Os letrados e doutos não seriam denominados de corruptos, Os ricos e a alta sociedade não praticariam os crimes do colarinho branco. A única maneira de transformar o indivíduo, o país e a nação há que passar pela verdade expressa pelo apóstolo Paulo: “Se alguém está em Cristo, nova criatura é...” (II Cor. 5.17). Tal verdade é confirmada por Jesus ao dialogar com o erudito Nicodemos: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3.7). Confirmado com o testemunho que Jesus deu ao deixar a casa de Zaqueu: “Hoje veio salvação a esta casa, pois também esse é filho de Abraão” (Lc. 19). Sem profunda transformação espiritual não há mudança de caráter. 
 Não basta a ira e a coragem para denunciar. É preciso mais, a ação do Evangelho transformador em cada brasileiro. ( texto extraído de: O JORNAL BATISTA-edição23-pág:3)

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